E cá estou…

Na minha última postagem o mundo era outro. A pandemia do COVID-19 ainda era impensável. Era também impensável que minha frustração seria trocada por realização. Tão pouco tempo e o mundo virou de cabeça pra baixo.

Estamos em casa, salvos. Enquanto escrevo, meu filho de quase onze meses dorme sua soneca antes do almoço. Um sábado ensolarado e que senti em meu coração que deveria voltar pra cá. A faculdade continua online e meu amor não diminuiu, mas acabei precisando fazer escolhas. 2020 foi um ano difícil em que minha saúde – e do meu bebê – precisou ser priorizada, mas foi também um ano que descobri em mim mesma a força que precisava. Isso me levou a deixar os textos tão de lados. A tempestade passou, ou quase passou. E é nesse clima de querer voltar a mim e a sair da sombra que me resta, voltei pra cá.

Eu quase não li, eu quase não consegui estudar. Mas eu me fiz nova, eu revi a mim mesma e voltei.

Neste tempo, que se fez de luz e renovação, eu aprendi tanta coisa. A ser mãe e talvez seja a mais importante das coisas, mas meu corpo se satisfaz de outras também, sou um quebra-cabeça de muitas peças. Aprendi sobre cinema e literatura, italiano, literatura, fiz uma pesquisa acadêmica, um pouquinho de piano, Shakespeare, fotografia, virei orquidófila, confeitei, tentei escrever mais, estou tentando finlandês. O mundo recluso me fez explodir em mim mesma, e buscar ainda mais o que amo e ser mais do que eu sempre fui. Eu voltei, porque ressurgi do amor a mim mesma!

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